sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Moonrise Kingdom - 2012




"Em uma fábula protagonizada por duas crianças, Sam e Suzy, de 12 anos, que em diversos momentos se mostram mais maduras – e profundas – que os adultos da narrativa, o filme trata de temas simples, e talvez seja mesmo essa ingenuidade que tenha garantido à produção críticas tão positivas."

     Finalmente consegui arranjar tempo para assistir o tão esperando longa-metragem de Wes Anderson que abriu o 65º Festival de Cinema de Cannes. O roteiro é uma parceria entre Wes e Roman Coppola, e como se já não bastasse, o longa ainda conta com um elenco de peso: Edward Norton, Bruce Willis, Bill Murray, entre outros.
    O ano é 1965, nordeste dos Estados Unidos, é aí que a história que vai ser contada na tela grande se passa. Wes nos inicia nessa viajem já com sua marca registrada, um belíssimo travelling perpendicular que passa a sensação de estarmos dentro de uma casa de bonecas. Aos poucos vamos conhecendo um pouco mais dos personagens que nos cativarão pelas próximas horas.


     “A coisa mais interessante de “Moonrise Kingdom”, para mim, é que os jovens, mesmo sem sabedoria, têm uma visão mais clara dos seus desejos e da forma de concretizá-los. Adultos tendem a ser complicados.” 
Wes Anderson.

     Sabe esses filmes que te fazem sair da sala de cinema se sentindo extremamente feliz e esperançoso? Então, este é um filme que se encaixa perfeitamente nesse perfil. Apesar de tudo soar um pouco surrealista, você acaba se identificando com os personagens e torcendo fervorosamente por eles. O filme começar com os irmãos da protagonista escutando um vinil que ensina como funciona uma orquestra, é simplesmente perfeito para concluir o que este trabalho de Wes Anderson é: uma orquestra regida por ele. 
     


     Todos os núcleos (foto, arte, edição, som) se unem de um modo muito característico de Wes, tudo possui um ar vintage. A fotografia lembra muito os filtros do instagram,acredito que seja uma alusão ao modo das crianças de ver o mundo nessas cores. O filme vai crescendo artisticamente e esteticamente a cada minuto que passa, tanto que, no fim da sessão o ambiente reverbera emoções e os protagonistas, que são novatos no cinema, nos impressionam. 



     Não posso encerrar esse post sem mencionar o quanto Moonrise Kingdom lembra a história de Peter Pan, pois Sam é órfão e na história de Peter Pan, as crianças voam para a Terra do Nunca, onde não há adultos (apenas piratas), os órfãos governam e a imaginação impera. Wes aborda de um modo mais realista a história, pois as crianças não voam e sabem que não podem viver apenas de imaginação, pois Sam e Suzy precisam de muitas coisas para garantir a sua fuga.
     Não saiam correndo do cinema quando o filme acabar, pois junto com os créditos, começa um roteiro que Britten fez explicando o funcionamento de uma orquestra, ou seja: o lugar de cada um no mundo.   
     

   

2 comentários:

  1. Af, agora fiquei com vontade de ver esse filme. Mas assim, o filme é recente? Tipo, não a história, o filme mesmo!
    Gostei muito do seu blog <3
    Beijo
    http://empacotados.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É novo siiim, atualmente está nos cinemas :)

      Volte sempre, seu comentário me faz querer escrever cada vez mais e mais <3

      Beijo!

      Excluir